quarta-feira, dezembro 22, 2004

Destino do mar

Os mais terão por destino
sete palmos de terra e um caixão.
Eu, porém, desde menino
sei que não.

Não!
Não é a terra que me chama.
É outra voz que, da infância,
me namora e reclama:
a voz do mar,
vencendo, breve, a distância
que teima em nos separar.

("Destino do Mar", 1991)

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Só os verdadeiros poetas, como o Torquato, têm a capacidade de ignorar a mesquinhez do momento e recriar a beleza de sempre.

10:12 da tarde  
Blogger Torquato da Luz said...

Obrigado pelas suas palavras.

5:40 da tarde  

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