quarta-feira, dezembro 29, 2004

Silves

Para além desta porta não há nada
e esta escada
pára de súbito no ar.

E que dizer da janela,
também ela ,
que já não dá para o mar?

Nada diremos,
nada.

Na memória arruinada
só persiste o apelo:
reter nas mãos o momento,
bebê-lo até ao fim,
bebê-lo lento,
no esplêndido ondular do teu cabelo.

("Destino do Mar", 1991)

5 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Belos versos, dedicados a uma bela cidade que adormeceu no tempo.

8:44 da tarde  
Blogger Silvia Chueire said...

Um belo poema.Belo. E a cidade que gostei tanto quando conheci.
Abraços e um Feliz Ano Novo.

Silvia Chueire

1:03 da tarde  
Blogger Torquato da Luz said...

Muito obrigado, Eugênia! Também lhe desejo um Feliz 2005!

1:33 da tarde  
Blogger Unknown said...

Só hoje visitei este teu poema, que já conhecia e havia publicado no meu blog.
Que o futuro traga outra vida para além daquela porta e rasgue novos horizontes através daquela janela.
Um abraço.

10:31 da manhã  
Blogger Torquato da Luz said...

Oxalá te tenhas divertido nestas férias, meu caro Toy. O abraço de sempre.

12:29 da tarde  

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