segunda-feira, janeiro 03, 2005

Mal sem remédio

Morre-se de medo,
morre-se de tédio,
mas do que se morre mais
é de falta de amor,
mal sem remédio
que nos faz desiguais.

Já morremos mil vezes,
já morremos
de mil mortes,
nem todas naturais,
e sempre renascemos
para amar um pouco mais.

Até que um dia a solidão,
daninha mãe das decisões finais,
nos proíba o coração
de bater mais.

("Destino do Mar", 1991)

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Muito bom, mas demasiado melancólico, não acha?
Maria

9:58 da tarde  

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