sexta-feira, abril 07, 2006

Overdose

Tinha pouco mais de 20 anos
e morreu de repente
no domingo à noite.
Foi overdose,
disseram-me no restaurante.

Tive entretanto o cuidado
de me informar sobre o assunto
e concluí que não foi
overdose coisa nenhuma,
mas abandono.

Um abandono que tinha,
também ele,
pouco mais de 20 anos.

(2006)

10 Comments:

Blogger Unknown said...

Dito assim, num poema, que não na notícia de jornal, bate tão forte.

10:11 da manhã  
Blogger Torquato da Luz said...

Pois é, Toy e Laura, o caso chocou-me... e saíu esta coisa triste, mas sentida.
Bom fim-de-semana!

6:10 da tarde  
Blogger Pink said...

Poema sentido que espelha uma realidade que infelizmente é a de muitos hoje em dia!

Um beijo e bom fim de semana

10:16 da tarde  
Blogger Torquato da Luz said...

Um beijo e bom fim de semana também para ti, cara Pink.

9:58 da manhã  
Blogger Nelson Reprezas said...

O poema é muito bonito, mas não conheço o assunto. Presumo que morreu mesmo alguém... foi o caso?

11:33 da tarde  
Blogger Torquato da Luz said...

Sim, foi o caso, caro Espumante. Um abraço.

9:14 da manhã  
Blogger Maria Azenha said...

este poema é imenso.
Obrigada.
Boa Páscoa.


P.S. Permite que o publique no "arde o azul"? com os créditos devidos, é claro.

1:07 da tarde  
Blogger Torquato da Luz said...

Será uma honra, cara maat. Boa Páscoa também.

2:19 da tarde  
Blogger Memória transparente said...

Saindo do "arde o azul", venho até aqui felicitá-lo por este poema. Tudo mais que tinha a dizer ficou em comentário no já referido blog.

Bem haja.

Obrigada por este poema "abanão" a uma sociedade anestesiada.

Páscoa feliz.

Beijinhos.

6:42 da tarde  
Blogger Torquato da Luz said...

Beijinhos e feliz Páscoa também, Maria do Céu. Obrigado.

6:59 da tarde  

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