segunda-feira, abril 10, 2006

Por ti

É por ti, para ti, que ainda escrevo,
quando a mão já me pesa
e a noite vem veloz, com os seus medos,
a sua face lívida, os segredos
de que se veste e alimenta.

É por ti, para ti, que ainda escrevo
entre o cansaço e a incerteza
sobre a hora seguinte, o que me espera,
esquecido de quem fui, da primavera
que de súbito em mim se fez inverno.

É por ti, para ti, que ainda escrevo,
porque é isso que quero, isso me devo.

(2006)

6 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Gostei muito deste poema. Parabéns!

7:12 da tarde  
Blogger Torquato da Luz said...

Um abraço, António Castro, e obrigado.

8:25 da tarde  
Blogger Parrot said...

São estas visitas que me fazem gostar cada vez mais da poesia...e tenho descoberto coisas fantásticas.
Grande abraço

9:03 da tarde  
Blogger Torquato da Luz said...

Obrigado, caro Parrot, e um abraço deste "cliente" diário do seu Incomplete.

8:57 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Gostei muito.

9:00 da tarde  
Blogger Torquato da Luz said...

Obrigado, Sofia. Visitei o seu Defender o Quadrado e também gostei.

9:07 da manhã  

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