sexta-feira, novembro 17, 2006

Fado do acaso












Não é o sonho que comanda a vida,
mas antes o acaso, o implacável
acaso que determina
uma a uma as etapas da corrida,
tão estranha como formidável,
que vai escrevendo a nossa sina.

Não há azar, nem sorte, nem destino,
tudo é fruto do acaso
e ninguém traz desde menino
marcado o prazo
até quando há-de viver
e há-de morrer.

Um fado que não se canta,
por arranhar a garganta.

(2006)

10 Comments:

Blogger Ana said...

Acaso ou sonho, o que é preciso é continuar vivo. Como aqui se está.
Beijo.

1:56 da tarde  
Blogger Torquato da Luz said...

Outro beijo, Ana, e obrigado pela "onda"...

3:04 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Sei que o acaso marca a vida, mas que nós também fazemos por ela isso não tenho também dúvida.
É da chuva? Um bocadinho negro.
Beijinho e Bom fim-de-semana.

5:02 da tarde  
Blogger Torquato da Luz said...

Nem tudo é sempre azul, cara Mfba. Beijinho e bom fim-de-semana também.

6:05 da tarde  
Blogger MaD said...

Talvez, por isso, o sonho seja tão indispensável.
Sempre profundo, incisivo e belo.
Bom fim de semana.

9:27 da tarde  
Blogger Torquato da Luz said...

Bom fim-de-semana também, MaD.

9:12 da manhã  
Blogger Pink said...

Acaso e sonho ... ambos têm de comandar a vida ou tudo deixaremos entregue ao Destino, ao Fado ... e isso não pode ser!
Belo mas triste poema.

Já estava com saudades de vir por aqui!
Um beijo e bom fim de semana

4:41 da tarde  
Blogger Torquato da Luz said...

Outro beijo, Pink.

9:09 da tarde  
Blogger Unknown said...

Se fosse o sonho a comandar a vida não teríamos tempo para sonhar e seria necessária uma tal determinação, que não é propriamente apanágio do sonhador.

7:01 da tarde  
Blogger Torquato da Luz said...

Um abraço, Toy, e boa semana!

8:54 da manhã  

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