domingo, abril 27, 2008

Ao espelho












Cais do Sodré
Foto TL

Olhei-me ao espelho e não reconheci
no rosto que do espelho me espreitava
a nitidez da imagem que de mim
desde sempre guardara e sempre vi.
Eram outros os olhos que me olhavam
por trás do espelho. E aquilo que senti,
ante o intruso olhar que me fitava,
foi, acima do medo, a dor sem fim
de nunca mais poder rever-me em ti.

9 Comments:

Blogger ana v. said...

Lindo, Torquato. Gosto sempre de lê-lo.
Parabéns pela exposição, tenho pena de não ter podido ir. Mas já me contaram como foi.
Um beijinho

11:37 da tarde  
Blogger Persona said...

Olhei-me ao espelho e aqueles olhos negros, cruéis e tentadores me engoliram....

4:29 da manhã  
Blogger Torquato da Luz said...

Obrigado, Ana, e beijinhos também.

Volte sempre ao espelho, Persona.

8:55 da manhã  
Blogger Susana Barbosa said...

Parabéns Torquato! Pela exposição e pelo livro.
Beijinhos

2:24 da manhã  
Blogger Torquato da Luz said...

Beijinhos gratos, Susana.

8:42 da manhã  
Blogger Pink said...

Lindo poema. Deve ser terrível esta sensação ...

Já estava com saudades de ler os seus poemas.

Beijo Pink :-)

11:16 da tarde  
Blogger Torquato da Luz said...

Seja bem (re)aparecida, Pink.
Outro beijo.

8:26 da manhã  
Blogger addiragram said...

Um dizer inteiro da matéria de que o amor é feito.Parabéns!

3:36 da tarde  
Blogger Torquato da Luz said...

Obrigado, cara Margarida.

5:24 da tarde  

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