sexta-feira, janeiro 16, 2009

Este país


Terreiro do Paço/Foto TL, 2008
Esta ideia de não valer a pena,
esta dúvida antiga e permanente,
esta raiva que insiste em estar presente,
este ar pesado que tudo envenena

Este agitado mar que não serena,
esta fria manhã, outrora quente,
esta lâmina fina e persistente,
esta dor que deixou de ser pequena

Este grito que nunca mais desata,
este nó apertado na garganta,
esta fome que é tanta, tanta, tanta,
este país amado que me mata.

10 Comments:

Blogger CPrice said...

um vibrante grito de alerta Torquato .. ! Oxalá chegasse a "orelhas moucas"

Beijinho e bom final de semana

6:11 da tarde  
Blogger addiragram said...

"Ouvi-a", por uma daquelas vozes que entram pelo poema adentro e fazem-no pairar pelos ares...
Foi a sua força que me fez voar.

8:46 da tarde  
Blogger Anonimatta said...

thanks for visiting us.

1:45 da manhã  
Blogger Torquato da Luz said...

Catarina e Margarida:
Beijinhos e bom fim-de-semana!

9:51 da manhã  
Blogger mdsol said...

Eu gosto muito do que escreve!
:))

9:46 da tarde  
Blogger Torquato da Luz said...

Obrigado, cara Mdsol.
:))

2:28 da tarde  
Blogger Fatyly said...

Um grito numa revolta contida e silenciosa. Subscrevo e gostei imenso.

Beijos

9:30 da manhã  
Blogger Torquato da Luz said...

Beijos também, querida Fatyly.

1:52 da tarde  
Blogger nocas verde said...

Já "espreito" os seus poemas há muito e apesar de, como nas outras vezes, as suas letras me calarem fundo na alma, não posso calar. Brilhante o grito
Ofender-se-ia se lhe dissesse que me parece um fado lindo?
Um bom dia.
Obrigada

10:23 da manhã  
Blogger Torquato da Luz said...

Ora essa, Nocas, não me ofendo nada.
Um bom dia também para si e obrigado.

1:42 da tarde  

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