terça-feira, janeiro 13, 2009

Jejum















Sobre o Tejo/Foto TL, 2007

Cada dia que passa é menos um
no incêndio implacável dos teus dias,
mas, podes crer, não hás-de ter nenhum
que volte a ser como este. O mais comum
será, entre as incertas alegrias
deste tempo sem sol que inda te resta,
ouvires lá fora, como num lamento,
a voz inquieta que cavalga o vento
ditando para breve o fim da festa.
Cada dia que passa é só mais um
na contagem voraz do teu jejum.

8 Comments:

Blogger CPrice said...

antes "incertas alegrias" que certezas de tristeza Caro Poeta .. :)

Deliciosa a fotografia.

5:14 da tarde  
Blogger Torquato da Luz said...

Pois é, Catarina..:)

6:33 da tarde  
Blogger mdsol said...

A cadência das palavras. O reforço da imagem... Gosto!
E, vivamos então, o que nos chega...
:))

7:34 da tarde  
Blogger Torquato da Luz said...

Certamente, Mdsol.
:))

9:37 da manhã  
Blogger addiragram said...

Viver a contagem decrescente é mortificar e desertificar o tempo presente.
O que mais gostei no poema foi a possibilidade de uma diversidade de leituras.

5:35 da tarde  
Blogger Torquato da Luz said...

Obrigado pela reflexão, sempre oportuna, Margarida.

5:51 da tarde  
Blogger Fatyly said...

Um poema que suscite várias interpretações só pode ser de um grande poeta. Parabéns e a foto está a conduzir com tudo.

Beijos

9:28 da manhã  
Blogger Torquato da Luz said...

Sempre atenta e amiga, Fatyly. Bjs.

1:55 da tarde  

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