sexta-feira, março 05, 2010

Asas

Acrílico sobre tela / TL, 2010

Rio parado no meio de nada,
já foste estrada
para o mar largo e distante.
Hoje és apenas o espelho
de um tempo cansado e velho
e não há mais quem te cante.

A mim, que vivo na margem
aguardando viagem
sem ter como navegar,
só me resta, rio amigo,
não me prender mais contigo,
ganhar asas e voar.

7 Comments:

Blogger Mar Arável said...

Eu sei que se te fosse possível

levavas o rio contigo

para o lavares de mágoas

Abraço

11:38 da manhã  
Blogger Torquato da Luz said...

Os poetas como tu sabem isso muito bem, caro Filipe.

Abraço também.

2:49 da tarde  
Blogger Obtuso said...

... e voaste
neste lindíssimo poema

TG

3:52 da tarde  
Blogger Torquato da Luz said...

Bom fim-de-semana e um abraço, caro Tibério!

8:08 da tarde  
Blogger addiragram said...

Uma coisa é a intenção, outra, a decisão...Mas, quando se consegue ganhar asas,volta-se, de novo, a renascer.

Um bom fim de semana

10:23 da tarde  
Blogger jrd said...

Das águas, nas asas, levas as mágoas.
Abraço

10:35 da tarde  
Blogger Torquato da Luz said...

Abraços também e um bom fds, Margarida e JRD!

4:18 da tarde  

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