quinta-feira, setembro 02, 2010

O ciclo das marés

Cais das colunas

Sentir ao acordar o travo amargo
de saber que a contagem se acelera
rumo à meta inevitável
e todavia ousar fazer-se ao largo
como se fosse sempre primavera
e o mar em frente navegável.

Conhecer mal o ciclo das marés
e o que transporta cada uma delas
nas ondas da liberdade
e mesmo assim tentar fincar os pés,
puxar dos remos ou içar as velas
sem receio de tempestade.

Pensar que a vida ainda vale a pena
quando o ar em redor nos envenena.

7 Comments:

Blogger addiragram said...

Uma arte...e um arrojo, de facto!


Um abraço

10:59 da manhã  
Blogger *** said...

E não é que a vida vale mesmo a pena, mesmo quando o ar em redor nos envenena?
;)

11:19 da manhã  
Blogger Torquato da Luz said...

Um abraço também, Margarida!

;), LM!

4:55 da tarde  
Blogger jrd said...

Não é estreito o espaço das marés quando é luminosa a "espuma" da poesia como a tua.
Abraço

6:25 da tarde  
Blogger Torquato da Luz said...

É um privilégio ter leitores como tu, João!
Outro abraço.

8:56 da tarde  
Blogger mdsol said...

Faço minhas as palavras de JRD!


É sempre tão bom vir aqui!

:)))

6:14 da tarde  
Blogger Torquato da Luz said...

E é sempre tão bom sabê-la por aqui, cara Mdsol!
:)))

7:01 da tarde  

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