quinta-feira, agosto 04, 2011

Sem medo

Nem a todas as horas a poesia
é tinta azul sobre a tela da vida.
Também as há em que a descolorida
bruma das coisas se insinua fria
na alma do poeta e a sombria
memória se desvela corroída
pelo vagar do tempo e compelida
a semear a noite onde era dia.

Nessas horas de névoa e de veneno
em que o quadro se torna mais escuro
por reacção das cores combinadas

é quando mais importa ser sereno
e olhar sem medo as luzes do futuro,
tentando antecipar as madrugadas.

4 Comments:

Blogger addiragram said...

Saibamos tolerar o nosso lado sombrio que dele nascerá o que nos trará novas alegrias.

Um abraço daqui

4:17 da tarde  
Blogger Torquato da Luz said...

Sábio conselho, cara Margarida!
Obrigado e outro abraço daqui.

5:48 da tarde  
Blogger jrd said...

Há que repintar a tela e a vida.
Abraço

7:06 da tarde  
Blogger Torquato da Luz said...

Aquele abraço também, amigo João!

8:23 da manhã  

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